A mulher entre o desejo de ter filho e o desejo de ser mãe
Resumo
Desde Freud se faz possível pensar sobre o desejo (ou não) de ser mãe, analisando o papel da pulsão na relação mãe-filho. Deve-se considerar que o investimento libidinal da mãe não se trata de algo pela via do instinto, mas a ser construído pulsionalmente, o que viabiliza a maternidade ser uma re-invenção singular. Verifica-se que o encontro da mãe com o filho, e seu caráter traumático, gera a necessidade de um trabalho psíquico de luto a ser feito pela mãe na presença do filho, através da simbolização da falta do objeto imaginário (falo). Nesse sentido, aponta-se o luto como saída para o desejo de ser mãe, o que permite sustentar a posição materna e o investimento libidinal, para além do desejo de ter um filho.
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