Construção e desconstrução da identidade feminina a partir de uma leitura de obras de autoajuda
Resumo
Este artigo objetiva identificar uma proposta de identidade feminina subjacente ao discurso de autoajuda que tematiza o comportamento de gêneros. A partir da análise de quatro obras que propõem distinções comportamentais para homens e mulheres, procuramos mostrar como o discurso de autoajuda atualiza, a partir de novas abordagens, paradigmas secularmente consolidados e mantidos pela sociedade ocidental. Para sustentar nossa análise, apoiamo-nos nas teorias sobre a identidade e a subjetividade de pensadores como Stuart Hall, Anthony Giddens e Félix Guattari; nos estudos sobre a cultura da autoajuda desenvolvidos por Francisco Rüdiger.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
GIDDENS, A. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
GRAY, J. Homens são de Marte, mulheres são de Vênus: um guia prático para melhorar a comunicação e conseguir o que você quer nos relacionamentos. Rio de Janeiro: Rocco, 1995.
GUATTARI, F.; ROLNIK, S. Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes, 2005.
HALL, S. Identidade cultural na pós-modernidade. São Paulo : DP&A, 2005.
PEASE, A.; PEASE, B. Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? Uma visão científica (e bem- humorada) de nossas diferenças. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.
PEASE, A.; PEASE, B. Por que os homens mentem e as mulheres choram? Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
RÜDIGER, F. Literatura de auto-ajuda e individualismo. Porto Alegre: UFRGS, 1996.
TIBA, I. Homem-cobra, Mulher-polvo: entenda as diferenças e seja muito mais feliz. São Paulo: Editora Gente, 2004.