Vidas reduzidas à doença mental e a transversalização da clínica
Resumo
Durante a experiência de formação em serviço em Residência Multiprofissional em saúde mental coletiva realizada em dois serviços especializados em saúde mental encontramos uma mesma questão: muitos usuários recusam-se a sair destas instituições. Vidas reduzidas às instituições especializadas entendem que dificilmente conseguirão estabelecer novas relações com outros espaços institucionais que não seja pelo assujeitamento à doença mental. Neste estudo, colocamos em análise modelos e práticas atuais vivenciados neste no campo da saúde mental coletiva. Afirmamos a necessidade de produzir novos arranjos, novas articulações que potencializem novas saídas subjetivantes dos denominados doentes mentais. Salientamos a proposta da transversalização da clínica, que envolve aberturas para o inusitado, para atravessamentos desestabilizadores de saberes no cotidiano de nossas práticas. Resta saber se estamos dispostos a discutir nossos lugares instituídos.
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