O grupo como dispositivo ético, estético e político de governo de si e dos outros
Resumo
Este artigo pensa o grupo como dispositivo de saber, de poder e de subjetivação em que as linhas de fuga são forças múltiplas de tensão das forças em dobras provisórias. O texto é um ensaio de análise da agonística permanente do governo de si e dos outros em que ver e dizer não se confunde com o sujeito e o grupo, mas passa a ser ressonâncias de uma coragem da verdade na parresía como tática de modos de vida éticos, estéticos e políticos. Trabalha-se com um plano de forças se torna singular de diagramas e rizomas. O grupo não tem essência nem se faz como aparência de uma suposta unidade de assujeitamento enraizado. A estilística da existência processual é efeito do grupo dispositivo pelo cuidado da cidade em entremeios com o cuidado de si.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
DARDOT, P. & LAVAL, C. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo, Boitempo, 2016.
DARDOT, P. & LAVAL, C. Comum: ensaio sobre a revolução no século XXI. São Paulo, Boitempo, 2017.
DELEUZE, G. & GUATTARI, F. Mil platôs. Capitalismo e esquizofrenia. Volume 1. São Paulo: Editora 34, 1995.
DELEUZE, G. & GUATTARI, F. Mil Platôs vol. 4. Tradução Suely Rolnik. São Paulo: Editora 34, 1997.
DELEUZE, G. Foucault. Tradução Cláudia Sant’Anna Martins. São Paula: Brasiliense, 2005.
FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Organização Roberto Machado. São Paulo: Graal, 1979.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2004.
DELEUZE, G. & GUATTARI, F. Kafka: por uma literatura menor. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
FOUCAULT, M. Segurança, território e população. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
FOUCAULT. M. O governo de si e dos outros. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
FOUCAULT, M. A coragem da verdade: o governo de si e dos outros II: curso no Collège de France (1983-1984). São Paulo: editora WMF Martins Fontes, 2011.
GUATTARI, F. Revolução molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo, SP: Editora Brasiliense, 1985.
GUATTARI, F. Caosmose. São Paulo: Editora 34, 1992.
GUATTARI, F. As três ecologias. Campinas: Papirus, 2009.
LAZZARATO, M.; NEGRI, A. Trabalho imaterial: formas de vida e produção de subjetividade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
LEMOS, F. C. S. & CARDOSO JR., H. R. A Genealogia em Foucault: uma trajetória. Psicologia e Sociedade, vol. 21, p. 353-357, nº 3. Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: . Acesso em 15 out. 2013.
MACHADO, R. Deleuze. Arte e Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
PASSOS, E.; BARROS, R. D. B. A cartografia como método de pesquisa-intervenção. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. (Org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. p. 17-31.
PRADO FILHO, K. & TETI, M. M. (2013). A Cartografia como método para as Ciências Humanas e Sociais. Barbarói. Santa Cruz do Sul, n. 38, p.45-59, jan./jun.
VEYNE, P. Como se escreve a História. Brasília: UNB, 1998.
ZOURABICHVILI, F. O vocabulário de Deleuze. Tradução André Telles. Rio de Janeiro: Centro Interdisciplinar de Estudos em Novas Tecnologias e Informação, 2004.