Primeiras crises psíquicas graves: O que a Fenomenologia pode dizer?

Ileno Izidio da Costa, Thaís Carneiro Costa Ramos

Resumo


Este ensaio problematiza as primeiras crises psíquicas graves sob o olhar da Fenomenologia, a partir do arcabouço teórico e prático do Grupo de Intervenção Precoce nas Primeiras Crises do Tipo Psicótico do Instituto de Psicologia da UnB. Defende-se que, tais crises são substratos fenomênicos da experiência humana ordinariamente denominada psicose, e que são, portanto, uma tentativa de organização daquilo que o indivíduo pensa, sente e como age durante o sofrimento vivenciado em si e em suas relações interpessoais, na sua condição existencial, o que abrange os níveis psicológico, corpóreo, relacional, valorativo e espiritual. Sofrimento basilar da angústia do existir, manifestação genuína do existir humano, que transcende as categorias de normalidade ou enfermidade, a priori. Convoca-se para este diálogo algumas ideias de Edmund Husserl, Martin Heidegger e Emmanuel Lévinas, além de contribuições da Psicopatologia Fenomenológica, com o objetivo de propor outra perspectiva de compreensão, manejo e cuidado das primeiras crises psíquicas.


Palavras-chave


Primeiras Crises Psíquicas Graves, Psicopatologia Fenomenológica, Cuidado

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