Trajetórias analíticas em “Vigiar e punir”

Kleber Prado Filho, Janaina Rodrigues Geraldini, Carlos Antonio Cardoso Filho

Resumo


Considerando a riqueza e diversidade do estudo apresentado por Michel Foucault em Vigiar e punir, este artigo aponta a possibilidade de diversas leituras e apropriações desse texto, voltadas para diferentes projetos ou trajetórias de análise que o atravessam. Existe o percurso central do livro – coincidente com o projeto que o fundamenta – expresso no subtítulo “Nascimento da prisão”, que oferece uma leitura “longitudinal”, posta em jogo com a possibilidade de leituras “transversais” do mesmo, e dá visibilidade a algumas genealogias entrecruzadas: uma genealogia do poder como projeto metodológico; uma genealogia das sociedades ocidentais mostrando a positividade e capilarização dos poderes modernos; uma genealogia dos indivíduos, mostrando a produção de seus corpos e subjetividades em relações de poder; e uma genealogia da Psicologia ligando seu surgimento a práticas modernas de vigilância e normalização de sujeitos.

Palavras-chave


Michel Foucault; Vigiar e punir; leituras

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Referências


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