Olhar, ser percebido e permanecer sendo: Winnicott, Bacon e Deleuze
Resumo
As trocas que relacionam o olhar e o self - entendido como sentir-se vivo ou existindo e não como entidade ou substância - podem ser de grande interesse para o exame da dimensão estética da experiência visual. Considerando-se o estatuto do ser percebido como um primeiro modo de ser, o olhar materno como espelho vivo em que a criança se vê existindo e a insistência do self em seu próprio ser possibilitada por aquele olhar, o presente artigo procura abrir um espaço de interlocução entre Donald Winnicott e Francis Bacon, utilizando como contraponto os comentários sobre o trabalho do pintor irlandês formulados por Gilles Deleuze.
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